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Pedro Coelho: «Comecei a documentar-me sobre o BPN e a ler os milhares de artigos que saíram»

Em declarações ao Sol, Pedro Coelho revela que: «Após ter feito uma reportagem, no ano passado, sobre o percurso dos ministros e secretários de Estado depois de saírem dos governos, quis provar que em Portugal era possível fazer jornalismo de investigação na televisão».
 «(Antes disso) surgiu uma pista relacionada com o Banco Português de Negócios (BPN), num ângulo específico: o de saber como era possível encontrar o dinheiro desaparecido. Entretanto, entro em contacto com uma empresa holandesa, de um antigo investigador da polícia, que se dedica a encontrar o rasto de dinheiros escondidos. Esse tipo trabalha também em Espanha e na Irlanda», acrescenta. 
«(O facto de) as autoridades portuguesas desconhecerem (várias situações)» levou o jornalista a descobri-los ao pormenor.
«Comecei a documentar-me sobre o BPN e a ler os milhares de artigos que saíram. E depois comecei a juntar as pontas. Percebi que nenhum dos implicados queria falar, mas ao mesmo tempo havia imensa informação que tinha sido produzida nas comissões parlamentares de inquérito, na de 2009 e na de 2012», frisa.
«(Surpreendeu-me) a forma amadora como tudo foi feito. E os acionistas comeram isto e o sistema bancário fechou os olhos», conta.
O jornalista refere ainda que "A Fraude" foi inspirada na peça jornalística "Inside Job" uma vez que «também conta uma história em capítulos, com uma montagem com um ritmo semelhante».
«(Foram)cinco meses, durante os quais fizemos esta reportagem de 100 minutos, mais uma peça de 16 minutos que passou em dezembro no “Jornal da Noite” e que foi alimentada a partir deste trabalho. Normalmente as peças da Grande Reportagem duram dois meses, da produção à emissão. Esta foi, de facto, um esforço extraordinário», finaliza à mesma publicação. 
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