Casa Matilde e Carlota
Matilde estava na cozinha a preparar o seu pequeno-almoço, quando Carlota acorda.
-Bom dia! (disse Carlota dirigindo-se ao frigorifico de pijama)
-Bom dia, olha o Ivo saiu hoje do hospital. (Anuncia Matilde)
-Ainda bem! Aposto que foi a Mónica que o foi buscar! (palpita Carlota enquanto tira o leite do frigorifico)
-Apostas muito bem. (Informa muito sorridente Matilde)
-A Mónica está caidinha por ele, só ela é que não vê isso. (Carlota)
-É! Parece que o passado está preso nela. (Carlota)
-Não parece, está mesmo. (Emenda Mónica)
-É, mas esta história ainda está muito longe de acabar. (Diz Carlota muito convicta)
Casa Mendes de Oliveira
-Bom dia querido! (cumprimenta Antónia com um beijo e senta-se na mesa para tomar o pequeno-almoço)
-A Mariana ainda não desceu? (pergunta Antónia)
-Já desci e estou aqui. (Aparece e interrompe Mariana amuada)
-Aproveite, porque amanhã vai ter um dia longo na empresa. (relembra João enquanto Mariana se senta á mesa)
-Eu sei Pai, não é preciso estar a mandar boquinhas foleiras, já estou de castigo, já basta. (Exalta-se Mariana)
-Tenha maneiras de falar, não se esqueça que é o seu pai. (Antónia)
-E mãe? Não se esquece que eu sou sua filha? Acha que este castigo não é um bocado absurdo? Por amor de deus, eu faço qualquer coisa, mas este castigo não! (Mariana exaltada)
-Mas eu e o seu pai demos-lhe este castigo, mesmo porque a menina não gosta, porque se não, não era castigo. (Responde Antónia)
-Mas por favor este castigo não, eu faço qualquer coisa. (diz Mariana desesperada)
Antónia e João olham um para o outro assim que Mariana diz isto.
Júlia e Vera estão a tomar o pequeno-almoço e a conversar.
-O Ivo já deve ter saído do hospital, amanhã se ele for para a empresa, metemos o nosso plano em prática. (Júlia)
-Mas não podemos andar sempre metidas na empresa. (Vera)
-Mas agora que o beijas-te não podemos deixar escapar a oportunidade de a Mónica ver esse beijo, e de ele provavelmente apaixonar-se por ti. (diz Júlia)
-Tens razão mãe, tens toda a razão, o modelo zito vai ficar nas nossas mãos... (diz Vera contente com o plano)
-É, mas não podemos fazer tudo muito depressa, devagar se vai ao longe, sempre te ensinei. (diz Júlia com um olhar de malvada)
Hotel Ivo
Ivo está arrumar algumas coisas no hotel, quando vê o telefone e lembra-se de ligar á sua mãe…
-Estou mãe? (Ivo)
-Estou filho, não posso falar, sabes que estou a trabalhar. (Maria na cozinha dos Mendes de Oliveira na Cozinha a sussurrar)
-Pois é exactamente, por o teu trabalho que te liguei. (Ivo)
-Mas tu estás em londres, não interessa nada o meu trabalho. (Maria)
-Mãe? Por acaso tens visto revistas, televisão, ou por acaso reparaste no número de telefone? (pergunta Ivo sorrindo)
Maria olha para o ecrã do telefone e grita a sorrir, logo apercebe-se que fez muito barulho e volta a sussurrar.
-Eu não acredito, estás em lisboa? Vieste hoje? (pergunta Maria muito feliz)
-Não vim há uns dias. (fiz Ivo)
-E como não me disseste nada? (pergunta Maria)
-Mãe é uma história muito longa e que vais gostar de ouvir e não vais, mas assim que me vires vais perceber. (Ivo)
-Ai, estás me a deixar preocupada. (diz Maria)
-Não há razão para isso mãe, já tens á avó que está muito doente. (Ivo)
-Ah então vais ter hoje comigo a tua avó? (pergunta Maria)
-Mãe eu nem a morada sei, e para alem disso era melhor ir ao teu trabalho, sabes como é a avó vê-me começa a chorar e depois não me deixa sair, e isso custa-me. (conta Ivo)
-Pronto está bem, a morda é… (Maria)
Ivo aponta a morada que a mãe lhe está a dizer…
-Ok, mãe dentro de uns vinte minutos estou aí. (Ivo)
-Está bem, eu vou avisar os meus patrões. (Maria Feliz)
-Vá mãe, já matas essas saudades todas, vá até já, beijinho. (Ivo)
-Beijinho. (Maria sorrindo muito feliz)
Casa Matilde e Carlota
Matilde e Carlota já estavam vestidas, e estavam no sofá a conversar muito animadas, quando lhes tocam á campainha.
-Eu vou lá abrir. (diz Carlota)
Carlota quando abre a porta fica surpreendia com quem vê.
-Quem é Carlota? (pergunta Matilde sentada no sofá)
-Carlota? (volta a chamar Matilde)
Matilde levanta-se e vai á porta e também fica estupefacta.
-Tu? (pergunta Matilde surpreendida)
Casa Mendes de Oliveira
Antónia estava a ler uma revista quando a empregada, a Maria lhe interrompe.
-D. Antónia queria-lhe pedir uma coisa! (diz Maria)
-Diga Maria está á vontade. (responde Antónia)
-O meu filho veio há uns dias de Londres e nós não nos vemos há coisa de um ano e… (Maria)
-E quer sair mais cedo é isso? (interrompe e pergunta Antónia)
-Não! Eu queria que a D. Antónia autoriza-se o meu filho a vir-me visitar aqui. (Responde Maria)
-Bem, não é normal as empregadas e todos os trabalhadores trazerem os filhos ao trabalho, mas… vou abrir-lhe uma excepção. (Antónia)
-Obrigada D. Antónia, nem sabe como lhe fico grata, estou muito feliz. (Maria muito feliz)
-Vá! Guarde esse entusiasmo todo para quando o seu filho chegar. (Antónia)
-É! Tem razão. (concorda Maria muito feliz)
Maria volta para a cozinha, e Antónia sorri e volta a ver a revista
Casa Matilde e Carlota
-Sim sou eu! Vão-me deixar entrar ou vão continuar aí como se tivessem visto um morto? (Diz Mariana)
-Sim! Podes, mas tu não devias estar em casa de castigo? (pergunta Carlota enquanto Mariana entra)
-Devia! Dizes bem, mas já não estou. (Mariana feliz enquanto entra em casa)
-Como assim? (pergunta Matilde)
-O meu castigo era casa, empresa, empresa, casa, ia para a empresa ficar a olhar o dia todo para o meu pai e ser paga, o meu cartão de crédito estava cancelado, e não tinha a rebeldia que sempre quis ter. Então eu hoje de manhã disse-lhe que não voltava acontecer, foi um acidente, e que queria ser uma filha exemplar e não ser tão rebeldia, eles concordaram em dar-me mais uma segunda oportunidade, e concordam que foi tudo um acidente e mais, estou proibida de sair a noite, mas isso não importa o que importa é que saí do raio do castigo. (conta Mariana)
-Oh Mariana, mas vais mesmo ser mais responsável não vais? (pergunta Carlota desconfiada)
-Carlota é claro que… VOU! Não quero correr o risco de ficar de castigo como se tivesse sei lá onde. (Mariana)
-Ah! Bom, espero bem que sim, assim acredito que mais tarde ou mais cedo eles voltem a deixar-te sair á noite, visto que foi só isso que eles se opuseram. (Matilde)
-Sim, mas agora digam-me como está o Ivo?! (Mariana preocupada)
-O Ivo? (pergunta Carlota)
-Sim o Ivo não me digas que ele… (Mariana assustada)
-Sim o Ivo… está bem! Ahahah! (diz Matilde assustando Mariana muito divertida)
-Estupidas pá! (Mariana rindo de alivio)
CONTINUA…
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