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8ºEpisódio «REENCONTROS»



INT. LIVRARIA  TARDE
Vitória está a pesquisar alguma coisa no computador, quando entra Alberto.

VITÓRIA
Avô! Então? Não está no café?

ALBERTO     
Não, estou á espera do senhor que vem trazer os bolos para o café

Aproximando-se do balcão.

VITÓRIA
Então aproveitas-te e viste fazer-me uma visita?

ALBERTO
Também, mas foi mais por outra coisa.

Vitória faz uma cara preocupada.

VITÓRIA
Mas passa-se alguma coisa, avô?

ALBERTO
Não filha, não se passa nada.
(Pausa)
Quer dizer… Eu estou preocupado contigo, filha. Andas muito em baixo.

VITÓRIA
Avô não precisas. O que me fazia ficar em baixo já está resolvido e agora nada, mas nada me vai ficar como antes.

ALBERTO
Espero bem que sim. E pelos teus olhos vejo que já estás mais contente e principalmente apaixonada.

VITÓRIA
Eu falei com Tomás e percebemos que temos de dar mais atenção aquilo que temos.

ALBERTO
Fizeram muito bem, muito bem.
(Pausa)
Bem agora vou esperar pelo senhor dos bolos, se não ele ainda deixa os bolos no café das malucas.

VITÓRIA
Avô!..

Vitória fazendo um olhar a Alberto querendo dizer para ele não falar assim de Esmeralda e Anabela.

Alberto sai da Livraria dando um festinha na mão de Vitória.

Vitória sorri e volta a pesquisar no computador.

INT.HOTEL VALENTE. GABINETE DE MIGUEL  TARDE
Miguel está a falar no telefone do gabinete com um negociante.

MIGUEL
Sim, doutor Manuel não se preocupe, eu levo os papéis que o meu pai disse para lhe entregar.
(Ouve)
Sim, até amanhã, com licença.

E desliga o telefone.

Segundos depois o seu telemóvel toca e este atende.

MIGUEL
Olá meu amor!
(Pausa)
Então já estás a preparar-te para o jantar de logo á noite?

LAURA (VOZ-OFF)
Sim meu amor, claro…

EXT. BAIRRO JEREMIAS  TARDE
No bairro Jeremias instalou-se a confusão entre os donos dos dois cafés. Anabela, Esmeralda, Alice e Alberto discutem e causam a barafunda de sempre no bairro. Os vizinhos estão todos a ver a confusão e ao mesmo tempo comentam. Alguns estão do lado de Esmeralda e Anabela, outros do lado de Alice e Alberto, outros que só estão a assistir.

ANABELA
(Gritando)
Ah…Cale-se mulher! O nosso café é muito melhor, consegue conquistar mais clientes.

ALICE
(Gritando)
Pois claro, mas agora que disseste isso, toda a vizinhança ouviu e não sei se os teus POUCOS clientes lá meterão os pés.

VIZINHA (FIGURANTE)
Isto é uma vergonha. Em vez de se darem bem, não, andam sempre nisto.

Comenta uma vizinha com outra vizinha. 

ALBERTO
Filha vamos embora. Não devemos estar aqui a gastar o nosso latim para ladras de protagonismo.

Alberto olhando para Anabela e Esmeralda.

ESMERALDA
Cale-se ó Albertinho! Vai para a cama ver a Júlia Pinheiro, lá estás muito bem.

ALBERTO
Olhe lá o respeitinho!

ALICE
Vê lá como é que falas com o meu pai.

ESMERALDA
(Gritando)
Porquê? Vais-me bater, é? Vá, Bate-me!

Esmeralda levantando o peito e aproximando-se de Alice.

Os vizinhos não param de comentar e ao mesmo tempo a assistir á confusão que está instalada.

INT. LIVRARIA  TARDE
Vitória ouve a gritaria enquanto está arrumar uns livros.

VITÓRIA
Mas que gritaria é esta?

Pergunta-se Vitória com livros na mão.

Rapidamente pousa os livros e vai á porta e depara-se com a confusão.

VITÓRIA
Epá, outra vez a mesma confusão de sempre.

Rapidamente fecha a livraria e vai junto da confusão.

EXT. BAIRRO JEREMIAS  TARDE
A confusão continua.

VITÓRIA
Mãe? Avô? Mas vocês já estão outra vez com esta confusão dos cafés?

Pergunta Vitória quando chega.

ALICE
Claro que sim. Enquanto o café destes malucas não fechar, isto não acaba.

Rita vai á janela e vê a confusão. Rapidamente sai e fecha a janela.

ANABELA
Maluca és tu, ó deslavada.

Rita aparece.

RITA
Hey! Mas outra vez esta confusão, mãe?

Laura sai do prédio fecha a porta e aproxima-se.

LAURA
Mas quando é que de uma vez por todas isto acaba?

ESMERALDA
Isto não vai acabar enquanto esses vigaristas não fecharem o café deles.

Apontando para Alice e Alberto.

ALICE
Vigaristas?

VIZINHA (FIGURANTE)
Diz o roto ó nu…

Diz uma vizinha entre dentes com um ar muito engraçado.

Enquanto a confusão continuava, um carro se aproxima. O Carro pára e sai de lá duas senhoras e um rapaz que avistam a confusão.

LURDES
Eheheh, Confusão á vista! A avó Lurdes já se vai juntar.

Lurdes aos saltinhos e toda contente.

PETRA
Mãe? Mãe? Nós somos os novos vizinhos, por favor!

NUNO
Mas nós vamos viver para esta “quinta de animais”?

LURDES
Epá calem-se e vamos ver!

Lurdes começando a correr vagarosamente e a sorrir.

PETRA
Ai, meu deus!

Seguindo Lurdes.

NUNO
Para onde é que eu me vim meter…

Seguindo Petra.

LURDES
Epá calem-se e vamos ver!

Lurdes junta-se aos vizinhos, seguidamente Petra e Nuno.

LURDES
Olá! Eu sou a Lurdes. Esta é a minha filha, a Petra e este é o meu neto, o Nuno.

Apresenta-se Lurdes muito engraçada aos novos vizinhos, fazendo o silêncio de todos.

PETRA
E somos os novos vizinhos!

Petra entre dentes, dando sinal com o braço a Lurdes para esta o dizer.

LURDES
Ah sim! E somos os novos vizinhos.

Acrescenta. 

LURDES
Agora… Podem continuar a confusão.

Lurdes com um sorriso.

PETRA
Mãe?!

ESMERALDA
Então… Bem-vindos ao bairro Jeremias.

ALBERTO
Fala a voz da experiência.

Provoca Alberto.

ESMERALDA
Este velho maluco já me está a fazer passar!

ALICE
Velha és tu, ó maluca.

Intromete-se Alice.

E voltam a gritar, a insolarem-se e a defender cada um o seu café. Enquanto a confusão continuava instalada e Lurdes muito sorridente aos saltos a gostar do que estava a ver.
Nuno e Vitória reparam agora um no outro e fixam um olhar cativante.

CONTINUA…

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