Igreja/Casamento
Duas Horas depois estavam todos os convidados na igreja mais o noivo no altar:
-Tanto tempo. (Carlos)
-Casamento não é casamento sem a noiva se atrasar. (Bárbara)
-Olha por falar nela, lá vem ela. (Bárbara)
Júlia entra na igreja, toda a gente olha para ela com um sorriso. Quando chegou ao altar:
-Sr. Padre os nossos padrinhos…
-Júlia já falei com o padre, agora podemos começar o nosso casamento? (Interrompe Carlos nervoso)
-Podemos, mas com uma condição! (Júlia)
-Todas as que tu quiseres… (Carlos sem paciência para os filmes de Júlia)
-Fazes um testamento a dizer que toda a fortuna quando morreres, me pertence a mim. (Júlia seria)
Carlos fica estupefacto com o que Júlia disse.
-Claro, claro. (Gagueja Carlos surpreendido)
-Podemos começar o casamento? (Padre)
-Sim, claro que sim. (responde Júlia)
-Sim podemos. (responde Carlos)
-Júlia Maria Da Trindade é de sua livre vontade casar com Carlos Dinis De Reis? (Padre)
-Sim, é de minha livre vontade casar com Carlos Dinis De Reis. (Júlia)
-Carlos Dinis de Reis é de sua livre vontade casar com Júlia Maria Da Trindade? (Padre)
Carlos faz silêncio durante alguns segundos e antes de responder respira fundo:
-Sim, é de minha livre vontade casar com Júlia Maria Da Trindade. (Carlos)
-Podem meter as alianças. (padre)
Vera, a filha de dois anos traz as alianças e Júlia e Carlos colocam-nas…
-Pode beijar a noiva. (padre)
Júlia e Carlos beijam-se muito felizes. Depois tiraram fotografias a saída da igreja, cumprimentaram os convidados e foram para a boda.
Noite- Casa de Júlia e de Carlos- Casa de Banho
-Amor? Meu amor? (Júlia muito simpática agarrando Carlos na casa de banho enquanto ele lava os dentes)
-Sim o que foi, vou-me deitar amanhã temos de nos levantar cedo, lua-de-mel diste alguma coisa? (Carlos)
-Sim e o testamento? (pergunta Júlia)
-Isso quer dizer o quê? (Pergunta Carlos)
-Quer dizer que não vamos amanhã de lua-de-mel, vamos tratar do testamento, quem é que sabe se tu não morreres na lua-de-mel? (Diz Júlia enquanto vai atras de Carlos para o quarto)
- (João respira fundo) Pronto está bem, está bem, agora vamos dormir. (Carlos cansado e sem paciência para as manias de Júlia)
-Ótimo. (Júlia)
-Faz pouco barulho, a Verinha está a dormir… (Carlos)
-Ótimo. (Júlia)
-Oh My Good! (Carlos metendo a mão na cabeça e a olhar para o teto)
Dia Seguinte pelas 14h o testamento estava feito e pronto:
-O testamento está feito, satisfeita? (Pergunta Carlos)
-Não! (Júlia)
-Não? (pergunta Carlos)
-Não, ainda não o tenho nas minhas mãos. (Júlia)
-Como? Isso não é bem assim. (Carlos)
-É como eu digo e acabou. (Júlia ficando stressada)
-Sorry? (Carlos)
Júlia aponta uma pistola a Carlos e ele fica espantado sem saber o que fazer e dizer.
-Bey, Bey my love. (Júlia quando diz isto dispara e mata logo de imediato Carlos).
Júlia chama ambulância…
-Estou? (Aflita)
-Queria uma ambulância para a rua Alvares Pereira. (Júlia)
E em poucos minutos ambulância chega a casa e leva o corpo de Carlos.
Júlia presta declarações á polícia com a filha ao colo:
-Olá Boa Tarde! Sofia Veiga da Polícia Judiciária. (Agente)
-Boa Tarde. (disfarçando que está destroçada)
-O que aconteceu? (Agente)
-Tinha acabado de contar que há dois anos abortei antes de ter a minha filha Vera de dois anos, esta, (apontando para a filha que se encontra ao colo) e ele assim que ouviu isto suicidou-se á minha frente e da filha, estou completamente de rastos nem sei como é que ele foi capaz de nos deixar assim. (Júlia a fazer-se de desesperada a chorar)
-Muito bem tivemos a verificar o corpo e vimos que os factos apontam para isso mesmo. (Policia)
Uma semana depois-Conservatório 11h
-Olá, Bom dia quero falar com o Dr. António Braga. (Júlia)
-Bom dia, só um bocadinho. (Senhora da Receção do Conservatório)
Enquanto Júlia aguarda, telefona a Barbara a quem deixou a filha:
-Estou Bárbara? (Júlia)
-Sim Júlia? (Bárbara)
-Então a Vera está a portar-se bem? (pergunta Júlia)
-Sim! A Vera é uma menina bem comportada, não é minha linda? (Diz Bárbara ao telefone enquanto acaricia Vera)
-Tenho de te agradecer Bárbara já passou uma semana desde que o Carlos morreu e tu tens- me ajudado muito. (Júlia fazendo se de simpática e de vitima)
-Oh Júlia… Não tens de me agradecer, nem sei como é que o Carlos resolveu lidar com caso do aborto assim, suicidando-se, e já para não falar do João despareceu-lhe o filho e agora faleceu-lhe o melhor amigo… (Bárbara ainda estupefacta)
-É verdade as voltas que a vida dá, e a minha está prestes a dar uma volta, das grandes… (Júlia muito matreira)
-O que queres dizer com isso? (pergunta Bárbara desconfiada)
-Nada nada, vou ter de desligar, Até já (Júlia e desliga o telemóvel)
-O Dr. António Braga está no gabinete pronto para falar consigo. (Senhora da Receção)
-Até que enfim! (Júlia apresada)
Júlia chega ao gabinete e bate a porta:
-Pode entrar. (Dr. António Braga)
-Então que se deve a sua visita? Não me diga que o Carlos faleceu ahahah. (Dr. António Braga na brincadeira)
-O que lhe venho dizer aqui são duas coisas… O Carlos suicidou-se quando lhe contei que há dois anos abortei. (Júlia)
-Não me diga? O Carlos suicidou-se? (Dr. António Braga, surpreendido)
-Sim faleceu há uma semana. (Júlia)
-E Como não me foi dito nada? (Dr. António Braga decepcionado)
-Não lhe foi dito nada, porque foi tudo muito de repente, mas eu não venho aqui para muitas conversas, venho-lhe mostrar a certidão de óbito e venho levantar o testamento, em que toda a fortuna me pertence. (Júlia a despachar)
-Desculpe? (Dr. António Braga)
- Desculpe nada, eu quero o que lhe pedi e mais nada. (Júlia exaltada)
-Mas o testamento que está a falar, é falso, o Carlos não tem fortuna nenhuma, a única coisa que ele tem de valor é dois fios e dois anéis de ouro mais nada e mesmo assim o testamento válido não lhe pertence. (Dr. António Braga)
-O quê? Está-me a crer dizer que o testamento é falso? (Júlia exaltada)
-Eu não lhe estou a crer dizer nada, eu estou afirmar que o testamento que me veio falar não é valido, simplesmente é falso. (Dr. António Braga)
-Então ele chamava fortuna a dois fios e dois anéis de ouro? (Júlia estupefacta)
Dr. António Braga abana a cabeça dizendo que sim.
-Ah! Idiota, Sacana, estupido, velho que o diabo o tenha. (grita Júlia irritada)
-Adeus, passe mal. (Diz Júlia para Dr. António Braga muito irritada e sai do gabinete)
-Perdeu o marido, ficou maluca. (Diz Dr. António Braga muito espantado com a reacção de Júlia)
Júlia quando chega a resseção…
-Então já tratou de tudo? (Senhora da resseção)
-Cale-se deslavada. (Diz Júlia enquanto vai embora muito exaltada)
CONTINUA…
Postar um comentário