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2ºEpisódio «REENCONTROS»

INT. CASA DOS VALENTE – SALA DE JANTAR DIA
Rute e Mário preparam-se agora para sair de casa para irem trabalhar. Ao mesmo tempo, Gonçalo entra na sala ainda de pijama e com cara de quem ainda dormia mais um bocado.
RUTE
Bom dia filhote! Ainda assim vestido?
Rute dando um beijo a Gonçalo.
MÁRIO                    
Claro que ele ainda está de pijama. Onde é que acha que ele vai?
Trabalhar? Seria bom.  
GONÇALO
Sabe porquê que eu não vou trabalhar? Porque acham que eu não sei fazer nada, sou um irresponsável… Só o Miguel é que é o filho perfeito.

RUTE
Gonçalo, o menino sabe que nós temos razões suficientes para não o deixarmos gerir o hotel com o seu irmão. E já falamos sobre o Miguel ser o “filho perfeito”. Nós gostamos dos dois por igual.

GONÇALO
A mãe até pode gostar, agora o pai… E para além disso você só gere o salão de estética do hotel.

MÁRIO
A tua mãe gere o salão, mas também é dona do hotel e sabes que mais? Eu, eu
próprio nunca, mas nunca te poria a gerir os negócios.
Assim que Mário diz isto sai de casa.
Gonçalo senta-se na mesa do pequeno-almoço.
RUTE
Vá porte-se bem e até logo.
Rute pegando na mala e ao mesmo tempo dando um beijo a Gonçalo.
Rute vai se embora. Gonçalo fica na mesa, boceja, pega num pão-de-leite e vai para o quarto com ar de sono.

EXT. CASA DOS VALENTE – EXTERIOR DIA
Mário está abrir o carro quando chega Rute.

RUTE
Tem de ter mais calma a falar com o Gonçalo, Mário.

MÁRIO
Mais calma, Rute? Sabe onde está o Miguel? O Miguel levantou-se ceadíssimo para ir tratar da viagem de negócios que vai fazer amanhã.

RUTE
Eu percebo, querido. Mas tente perceber que o Gonçalo faz isto para chamar
atenção.
Mário respira fundo.
MÁRIO
Está bem, está bem. Eu logo falo com ele, agora podemos ir?

RUTE
Sim, claro.
E Rute entra no carro. De seguida entra Mário.
INT/EXT. CARRO DIA
Mário liga o carro e ao mesmo tempo é questionado por Rute.

RUTE
Já agora, ainda não me falou nada sobre essa tal viagem que o Miguel vai
fazer.
Mário começa a fazer marcha atrás com o carro.
MÁRIO
Ah, é uma viagem atrás – os – Montes. É uma reunião com outro grupo
de um hotel.
E arrancam.
INT. HOTEL VALENTE – GABINETE DE MIGUEL DIA
Miguel está de costas a mexer num armário. Está a tirar uns dossiers.
Segundos depois vira-se e finalmente o vê-mos.
Miguel sai junto do armário com um dossier e senta-se á secretária. Depois de
sentado abre o dossier. De repente batem á porta.

MIGUEL
Sim?
Abrem a porta.
LAURA
Posso ou estás muito ocupado?
Miguel sorri assim que vê Laura.
MIGUEL
Ó meu amor, claro que podes.
Miguel levanta-se e Laura entra. Os dois beijam-se muito apaixonados.
LAURA
Decidi vir visitar-te.
Laura agarrada por Miguel muito sorridente.
MIGUEL
E fizeste tu muito bem.
Assim que diz isto beija Laura novamente.
LAURA
Bem passei por aqui só para te dar um beijinho e agora tenho de ir se não
a minha tia mata-me.
MIGUEL
Está bem. Logo jantas lá em casa?
LAURA
Sim, claro que sim meu amor. Vá agora tenho é de ir que a minha tia e a
Anabela já devem estar no café.
Miguel e Laura beijam-se.
MIGUEL
Até logo.
Miguel com um sorriso. Laura abre a porta do gabinete, volta a olhar para
Miguel e manda-lhe um beijo. Este sorri apaixonado e volta a sentar-se á
secretária.

INT. CASA DE ALICE – SALA DIA
Alberto está sentado a ler um jornal, Ana está sentada no sofá a ver televisão e
Alice prepara-se para sair de casa.

ALICE
Ana! Ainda estás aí sentada a ver televisão? Já devias estar a pôr-te a caminho para ires para a escola.

ANA
Se tivéssemos um motorista…

ALBERTO
Pois, mas não temos. A tua mãe mando-te desligares a televisão, levantares-te e ires para a escola.

Ana desliga a televisão, levanta-se de má vontade, pega na mochila e sai furiosa de casa.

ALICE
Já não sei o que hei-de fazer a esta miúda.
Tiago entra na sala, já vestido e cheio de pressa para sair.

TIAGO
Bom dia e adeus.

ALICE
Onde é que vais com tanta pressa.

TIAGO
Nada que te interesse. Vou onde tiver que ir sem ter de te dar satisfações.

ALBERTO
Olha o respeitinho! Vê-la como é que falas com a tua mãe!

TIAGO
Tu lê lá o jornal e cala-te.

Alberto levanta-se e levanta a mão para dar um estalo a Tiago, mas Alice mete
se á frente e prende-lhe o braço.

ALICE
Calma pai, calma! O Tiago vai já sair não vai?
Alice continuando a agarrar o braço de Alberto e fazendo uma olhar a Tiago.
TIAGO
Eu vou e qualquer dia não volto. Vidinha de pobres.
Alice solta o braço de Alberto.
ALICE
É esta vidinha de pobre que te põe comida na mesa. A tua irmã Vitória está a trabalhar na livraria para nos ajudar, eu e o teu avô trabalhamos no café para sustentar aquela que tu chamas “vidinha de pobre”. Agora pergunto-te o que é que tu fazes para a melhorar? Diz-me, o quê?

TIAGO
Quando eu mexer um dedo para ajudar, é para me ajudar a mim e sair desta
vida, deste bairro, desta miséria.
E sai de casa.

Alice mete as mãos na cabeça e respira fundo.
ALICE
Que mal é que eu fiz a deus?

ALBERTO
O Tiago e a Ana já andam a precisar há muito tempo. E tu como sempre defende-os.

ALICE
O pai e a mãe nunca me educaram a bater e eu não vou educar os meus filhos a bater.

ALBERTO
Eu e a tua mãe não te batemos porque tu não eras assim e nunca precisas-te.

ALICE
Olha vamos parar de falar da mãe que deus a tenha e senta-te, descansa que eu vou para o café.

ALBERTO
Desculpa? Eu também vou para o café!

ALICE
Lá está ele a querer ir para o café. Ó pai eu já te disse que aguento o café sozinha.

ALBERTO
Mas eu trabalho lá todos os dias, é lá que me distraio, é lá que me sinto perto da tua mãe.

ALICE
Pronto, anda lá.
E saem de casa.

INT. LIVRARIA DIA
Alice está a registar alguns números dos livros no computador. Ao mesmo
repete-os em voz alta.
VITÓRIA
6,9,4,6,0…
Tomás entra e interrompe-a assustando-a.
TOMÁS
Bú!
Vitória assusta-se.
VITÓRIA
Ai que susto!
Colocando as mãos no peito.
TOMÁS
Olá, meu amor.
Beijando Vitória.  
VITÓRIA
Epá podias ter entrado de outra maneira. Estava aqui tão entretida a registar os
livros.
TOMÁS
Bem passei por aqui para te dar um beijinho. Hoje vou tentar a minha sorte e vou
ver se os “famosos” Valente me arranjam lá um trabalhinho no hotel.

VITÓRIA
Então vai lá e depois diz-me alguma coisa.
Tomás olha Vitória com um ar muito interrogativo.
TOMÁS
Estás muito estranha comigo ou é impressão minha?
Vitória fica sem jeito.
VITÓRIA
Não… É impressão tua. Eu é que ando um bocadinho preocupada com as
coisas lá em casa.

TOMÁS
Ah, ok! Então vá, eu vou indo. Até logo.
Beijando Vitória.

Assim que Vitória recebe o beijo de Tomás e este vai se embora esta fica com uma cara triste e logo se “afunda” no trabalho novamente.

CONTINUA…


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